Exercícios sobre todas as figuras de linguagem

01 - Qual dessas frases não é uma figura de linguagem comparativa. 

(a) - Você é como uma flor.

(b) - Ela tem um coração de gelo.

(C) - Você parece com um leão quando acorda.

(D) - O Padre assemelha-se como o Bispo.

Gabarito:  Alternativa correta da questão 01 é a alternativa (B).



02 - Quais são os termos comparativos referentes a figura de linguagem comparação

Resposta: como, assim como, tal como, igual a, que nem.



03 - As onomatopeias são palavras utilizadas para expressar os sons que geralmente escutamos: socos, pancadas, toques de telefone, batidas na porta, os barulhos que fazem os animais e os objetos. Complete os espaços abaixo com as onomatopeias que expressam o que é pedido entre parênteses. Confira o exemplo e observe o quadro:
quadros com lista de onomatopeia
MODELO:
  • Estava andando pela rua quando, de repente, escuto um estrondoso ................. Era uma bomba que havia estourado no prédio ao lado do banco.
  • Estava andando pela rua quando, de repente, escuto um estrondoso boom. Era uma bomba que havia estourado no prédio ao lado do banco.

a) Cuidado! Olhe o trem. Escute o .................... (Trem)
b) ..................... (Sino). Escute o sino. É hora da Missa.
c) Não aguento mais o ................. (Salto Alto) dos sapatos da vizinha de cima.
d) De longe já se escuta o ................ (Latido) dos cachorros que pressentem a chegada de seus donos.
e) Nada me agrada mais do que o piu-piu-piu (Pássaros) dos passarinhos da
floresta.
f) .................... (Batidas na Porta). – Mariana, atenda a porta, por favor?!
g) ...................... (Toque de Telefone). – Consultório médico, boa tarde. 

Respostas: 
a)  piuííí-piuííí.
b) Bléééém
c)  poc-poc
d) au-au-au
e)  piu-piu-piu
f) Toc-toc
g) Triiim-triim



04 - A única alternativa que possui uma onomatopeia é:

a) ( ) O pé da mesa quebrou.

b) ( ) O rei do futebol é brasileiro.

c) ( ) Quase morri de susto!

d) (x) Às cinco da manhã o galo cantou: cocoricóóóóó.



05 - Leia:

atividade de onomatopeia


06 - O que é Onomatopeia?

Resposta: Onomatopeia é aquela que tenta reproduzir através de palavras os sons ou ruídos de algo.



07 - leia:


Amor é fogo que arde sem ver;

é ferida que dói e não se sente;

é um contentamento descontente;

é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;

é solitário andar por entre a gente;

é nunca contentar-se de contente;

é cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;

é servir a quem vence, o vencedor;

é ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor

nos corações humanos amizade

se tão contrário a si é o mesmo Amor?


(Luís de Camões (In: Obras Completas de Camões, Lisboa,

Livraria Sá da Costa, vol. 1, 1954, p. 232)



(ENEM-98) O poema tem, como característica, a figura de
linguagem denominada antítese, relação de oposição de
palavras ou idéias. Assinale a opção em que essa oposição
se faz claramente presente.


a) “Amor é fogo que arde sem se ver.”

b) “É um contentamento descontente.”

c) “É servir a quem se vence, o vencedor.”

d) “Mas como causar pode seu favor.”

e) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”

Resposta: Alternativa "B"

 


08 - (ENEM-2007) O açúcar:

O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.
Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,
[dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.
(...)
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8.

A antítese que configura uma imagem da divisão social do trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente na oposição entre a doçura do branco açúcar é:

a) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o açúcar.
b) o beijo de moça, a água na pele e a flor que se dissolve na boca.
c) o trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se produz o açúcar.
d) a beleza dos extensos canaviais que nascem no regaço do vale.
e) o trabalho dos homens de vida amarga em usinas escuras.

Resposta: Alternativa "E"



09 - Reescreva a frase seguinte usando adequadamente o eufemismo: “Como aquele homem é burro.

Resposta: “Como aquele rapaz é desprovido de inteligência.”



10 - Leia este soneto do poeta português Luís Vaz de Camões:

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Nesse poema, é possível identificar vários eufemismos. Sabendo disso, aponte a alternativa em que o verso destacado NÃO apresenta essa figura de linguagem:

a) “Alma minha gentil, que te partiste”
b) “Se lá no assento etéreo, onde subiste”
c) “Não te esqueças daquele amor ardente”
d) “Roga a Deus, que teus anos encurtou”
e) “Quão cedo de meus olhos te levou”

Resposta: Alternativa C.



11 - (Vunesp)

Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague

Pelo prazer de chorar e pelo “estamos aí”
Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir
Um crime pra comentar e um samba pra distrair
Deus lhe pague

Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui
O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir
Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi
Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair
Deus lhe pague

Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir
Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir
E pelo grito demente que nos ajuda a fugir
Deus lhe pague

Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague

O eufemismo consiste em atenuar o sentido desagradável de uma palavra ou expressão, substituindo-a por outra, capaz de suavizar seu significado. Transcreva o verso em que se verifica a ocorrência de eufemismo:

Resposta: “E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir […]”



12 - Leia:

As máquinas sempre me fascinaram. Eu era menino de 5 anos, andando de pés descalços numa fazenda velha abandonada. Gostava de me assentar perto do monjolo, a água caindo do rego, o sobe-bate rítmico, musicado pela madeira que gemia, o monjolo trabalhava sem parar, sem se cansar, sem se queixar. Para mim, um monjolo era um prodígio técnico: eu não conhecia outros, mas o que fascinava não era o monjolo à minha frente, produto acabado; era o homem que inventara o monjolo, ausente. […]

Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. São Paulo: Loyola, 2004.

Há o emprego da figura de linguagem prosopopeia (ou personificação) na seguinte passagem:

a) “As máquinas sempre me fascinaram.”

b) “Eu era menino de 5 anos, andando de pés descalços […]”

c) “[…] o monjolo trabalhava sem parar, sem se cansar, sem se queixar.”

d) “Para mim, um monjolo era um prodígio técnico […]” 

Resposta: Alternativa C



13 - Indique as alternativas que apresentam a figura de linguagem personificação, também chamada de prosopopeia.

a) as pedras humilham
b) os confetes festejam
c) os diários contam segredos
d) os copos celebram as alegrias
e) a floresta clama por piedade

Resposta: todas as alternativas apresentam prosopopeia.


14 - (Fuvest) A prosopopeia, figura que se observa no verso “Sinto o canto da noite na boca do vento”, ocorre em:

a) “A vida é uma ópera e uma grande ópera.”   

b) “Ao cabo tão bem chamado, por Camões, de Tormentório, os portugueses apelidaram-no de Boa Esperança.”   

c) “Uma talhada de melancia, com seus alegres caroços.”   

d) “Oh! eu quero viver, beber perfumes,

Na flor silvestre, que embalsama os ares.”   

e) “A felicidade é como a pluma…” 

Resposta: Alternativa C. 



15 - (FUVEST) A catacrese, figura que se observa na frase "Montou o cavalo no burro bravo", ocorre em: 

a) Os tempos mudaram, no devagar depressa do tempo. 

b) Última flor do Lácio, inculta e bela, és a um tempo esplendor e sepultura. 

c) Amanheceu, a luz tem cheiro 

d) Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.

e) Apressadamente, todos embarcaram no trem.

Resposta: Alternativa "E"



16 - Assinale a única alternativa que possui catacrese:

a) Devolva meu Aurélio.

b) O rei do futebol é brasileiro.

c) O jovem partiu dessa pra uma melhor.

d) Ele tem duzentas cabeças de gado.

e) Você vai precisar de duas cabeças de alho.

Resposta: Alternativa "E"



17 - São exemplos de catacrese:

a) cabeça do alfinete, fio de óleo, corpo do texto.
b) olhos frios, tristeza de cheiro, brisa doce.
c) pulmão do mundo, cidade maravilhosa, ouro negro.
d) a nuvem chora, a noite celebra, vida cruel.
e) O cavaleiro, muito cavalheiro, ajudou a moça a descer do cavalo.

Resposta: Alternativa "A"



18 - (Ipad) As figuras de linguagem são recursos estilísticos da língua portuguesa. Diante dessa afirmação, em que consiste a catacrese?

a) Exagero nas ideias.

b) Combinação de diversas impressões sensoriais.

c) Contraste entre duas palavras gerando uma relação de oposição.

d) Caracteriza-se pela ausência de um termo adequado a um ser.

e) Omissão de um termo ou expressão.

Resposta: Alternativa "D"

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